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Durante o planejamento turístico de um destino é fundamental entender qual seria o turista potencial, ou seja, que tipo de perfil de demanda o destino poderia receber em um futuro ou qual é o perfil de demanda desejado para o destino? Tais perguntas são feitas quando: 


É importante entendermos as conexões que podem ser feitas com a oferta turística do destino, sendo esta determinante o desenvolvimento do destino. Por exemplo, se o local possui uma oferta que possibilita (ainda que não estruturada) a vivência de atividades de natureza, o ecoturista é um perfil interessante para este destino. 

Mas afinal, quais são os métodos utilizados para conhecer a demanda potencial de um destino? Nossa sugestão é realizar estudos qualitativos que, em geral, funcionam muito bem e dão insights importantes para o direcionamento de estratégias para o desenvolvimento turístico. 

Existem vários métodos possíveis mas, aqui, vamos dar dois exemplos:

O primeiro seria ter um estudo qualitativo do segmento turístico que se deseja desenvolver a partir de dados secundários. A ideia é entender se existem estudos disponíveis que expliquem principalmente o comportamento do perfil dos turistas, hábitos e tendências de mercado (e, claro, se as informações ainda podem ser consideradas atualizadas). Adicionalmente, é importante também buscar as boas práticas relacionadas ao segmento em outros destinos. As universidades podem ser uma boa fonte de informação, mas também pode-se buscar dados com associações que representam o segmento, entre outros.

O outro método – este bastante interessante, na nossa visão – é o focus group ou grupo de foco. Ele funciona da seguinte maneira: o primeiro passo é desenhar quais seriam as “personas“desejadas ou possíveis pelo destino turístico. As “personas” são pessoas/grupos fictícios que reúnem um conjunto de características similares. Assim, por exemplo, as personas para um destino que deseja trabalhar o ecoturismo pode ser: 1) jovens, com idade em 20 e 30 anos, que se preocupam com a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável e que possuem uma conexão forte com a natureza; 2) famílias com filhos que se interessam por atividades na natureza, que buscam a fuga da rotina de grandes metrópoles buscando despertar maior consciência ambiental nos filhos, etc etc etc. 

A partir dessa definição (e validação no território) é realizado o focus group, que se constitui em uma entrevista não estruturada e natural, conduzida por um moderador, que tem o objetivo de obter uma visão aprofundada ouvindo um grupo de pessoas do mercado-alvo sobre o problema de interesse para o pesquisador. 

Os grupos de foco geralmente são feitos com 6 a 12 pessoas, as quais obrigatoriamente devem possuir características demográficas e socioeconômicas semelhantes, interesses e estilos de vida parecidos. As discussões em grupo possuem quase que as mesmas fases para sua concretização que uma entrevista em profundidade, com a diferença principal de que, como se trata de um grupo de pessoas e não apenas de um respondente, a metodologia de seleção (recrutamento) dos participantes do grupo deve ser extremamente cuidadosa em eleger pessoas que tenham verdadeiramente as características acima citadas.

Os dois métodos são bastante efetivos sendo que o focus group tem um custo maior para o destino. Na construção do Plano Setorial de Turismo e Pesca do Bairro Beira Rio utilizamos o método focus group para entender os perfis do turista potencial de pesca. Confira!

 

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